Testemunhos – Os Séniores do STI

A DN considera relevante dar voz a TODOS os que fazem parte desta grande casa que é o STI.

Depois de conhecermos os testemunhos dos presidentes dos órgãos nacionais, distritais e regionais e de conhecermos uma perspectiva do teletrabalho dos Delegados Sindicais, hoje partilhamos os testemunhos dos Séniores do STI, os nossos sócios aposentados.
Conhecer a visão destes colegas e do que representa para eles terem servido a AT e serem sócios do STI, que será certamente partilhada por muitos outros colegas, ajuda-nos a consolidar o espírito de união, tão importante para nos fortalecermos e enfrentarmos os nossos desafios.

Saudações sindicais a todos!

O SINDICATO SOMOS TODOS NÓS!
Por ti, para ti, contigo!
Viva o STI!

Acácio do Nascimento Jacob

Sócio nº 3184

“Aposentado depois de 41 anos como funcionário da Direcção-Geral dos Impostos, hoje AT, fiz a minha carreira passando por todas as categorias profissionais desde aspirante de finanças, tendo terminado como diretor de finanças adjunto da direção de finanças de Lisboa em 22 de Fevereiro de 2005, mas como aposentado ainda deI formação em todo o país, funções que acumulei com os cargos que exerci, tendo dado ainda dado formação cerca de 2 anos após a aposentação e colaborado com os governos de Angola e Cabo Verde a pedido da DGCI.
Aderi ao STI desde a primeira hora, se a memória não me falha, e continuo como sócio, porque entendo que uma instituição como AT não pode deixar de ter um sindicato que represente tantos funcionários a quem se lhe se exige muito trabalho e tecnicidade.

Sobre a gerência do STI só tenho que os louvar por tanto apego à causa que abraçam, reconhecendo que não é fácil. Por outro lado, a luta que têm tido para acordos com outras entidades, sobretudo na saúde, é digna de manter sempre presente e só poderá ser criticada por esta e outras causas e lutas quem agir de má fé.
Saudações sindicais”

 

Alberto Gonçalves da Ascensão

Sócio nº 882

“Ter sido trabalhador da AT, antiga DGCI, é ter o sentimento de que, de alguma forma, participei na arrecadação de contribuições e impostos cuja redistribuição tinha como objecto a satisfação das necessidades sociais dos portugueses, que nem sempre foi feita da forma mais justa, transparente e equilibrada.
A condição de sócio do STI, que mantenho desde a sua fundação, muitos anos delegado sindical enquanto no activo, foi e é a forma como entendo a garantia, que a democracia nos legou, da manutenção dos direitos laborais dos trabalhadores perante o poder patronal do Estado.”

 

Alcindo Moisés Correia Monteiro

Sócio nº 4253

“Aderi ao STI em 1979, com a greve dos 17 dias. Era do Sindicato da Função Pública, mas como este não aderiu à Greve, E EU QUERIA FAZER GREVE, POIS ERA MAIS QUE JUSTA …
Como em Lisboa não havia Delegação (Distrital) do STI, eu, Nicolau Catita e Santinho arrendamos um “apartamento” no Bairro Alto e funcionou como sede do STI. Foram tempos difíceis pois o STI era OSTRACIZADO em Lisboa.
Fui Delegado Sindical do STI durante 20 anos (sempre reeleito).
Fui Diretor Nacional no triénio 1982 a 1984.
Fui a muitos Conselhos Gerais e a alguns Congressos.
Era polémico. Posso ORGULHAR-ME de ser aplaudido pela assembleia antes de usar da palavra (mal me levantava) acontecendo o mesmo, mais entusiasticamente, quando terminava a minha intervenção.
E mais podia contar, mas …”

 

Antero José Coelho Narciso

Sócio nº 22

“Ser trabalhador da AT foi uma escolha pensada que se tornou numa vida dedicada à causa pública, cujas funções desempenhei com enorme orgulho. Durante o trajeto profissional partilhei e vivi momentos marcantes para toda a vida, sobrepondo-se, sem sombra de dúvida, os momentos positivos. Sim, porque momentos menos bons também os houve, mas esses não me pesam, são irrelevantes.
Sou associado do STI desde a primeira hora, como revela o nº 22, e em boa hora o fiz pois só com a união de todos os trabalhadores que se associaram massivamente naquela época, conseguimos um Sindicato com poder reivindicativo e ao mesmo tempo capaz de nos proporcionar algumas das regalias agora existentes. Nem tudo corre sempre bem na vida sindical, o que seria de estranhar se assim fosse; de um modo geral e na minha opinião, considero satisfatória a atuação do STI (que somos todos nós) e das várias direções desde 1977 até hoje.”

 


António Rodrigues Lima

Sócio nº 580

“Ter sido trabalhador da ex-DGCI, atual AT – Autoridade Tributária e Aduaneira, para mim foi uma honra. Procurei sempre desempenhar com humildade e lealdade as funções que me iam sendo confiadas. Valeu a pena executar os cargos profissionais na Administração Fiscal em colaboração com os meus colegas sempre de forma cordial. Aposentei-me ao fim do tempo completo e sou feliz nesta situação.
Inscrevi-me como sócio no Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, nos primórdios da sua criação, de onde recebi sempre apoio no âmbito da sua atividade, com vista à prossecução do seu objetivo, em defender os interesses dos seus associados, onde continuo presente.
Saudações sindicais.”

 

António Vassalo Abreu

Sócio nº 6435

“Iniciei a minha carreira na então DGCI, em Agosto de 1968, como Aspirante Provisório, em Paredes de Coura. Fui Técnico Verificador tendo passado para a chefia em 1985. Fiz toda uma carreira até ao topo. Apesar de aprovado em concurso, fui sendo ultrapassado… (ao tempo a minha cor política era impeditiva…) e não tomei posse como diretor. Entretanto em Outubro de 2005, eleito pelo PS, tomei posse como Presidente de Câmara Municipal de Ponte da Barca (cargo que exerci durante três mandatos), sete anos após ter deixado a chefia da Repartição de Finanças naquele concelho.
Na DGCI, fui Chefe de Finanças em Ponte da Barca, Arcos de Valdevez e Braga 2. Trabalhei em comissão de serviço em Caminha, Gaia 2 e Na DdF de Viana do Castelo, onde fui o responsável pelo centro de recolha de dados do IR.
Fiz parte do Núcleo de Imposto Sobre o Rendimento (NIR).
Fui formador de formadores, tendo dado Formação não só a funcionários como também a agentes económicos, de norte a sul do País.
Sou co-autor do primeiro código anotado do IRS.
Presentemente estou aposentado.”

 

Armando Filipe Ventura

Sócio nº 70

“Foi uma realização pessoal e profissional que muito me orgulha ser funcionário da AT/DGCI;
Iniciei funções em 10.08.1971 e aposentado em 1.11.2006;
Trabalhei na Repartição de Finanças de São Brás de Alportel, Direção de Finanças de Faro e CFE de Loulé, nos serviços de secretaria e fiscalização tributária;
No pós 25 de Abril participei em todas as ações pró-sindicato no Distrito de FARO. Sou sócio fundador do STI e primeiro delegado sindical na Repartição e Finanças de São Brás de Alportel.”

 

Carlos Alberto Rodrigues Costa

Sócio nº 1955

“Sócio 1955 desde 3/3/1977, ininterruptamente (43 anos), actualmente aposentado.

No activo fui delegado sindical a maior parte dos anos. Participei na greve de 17 dias e fiz todas as greves mesmo quando não tinham nada a ver comigo. Aplaudo e felicito o trabalho do Sindicato, especialmente e agora, no Seguro de Saúde.

Tive o maior prazer também em ser trabalhador da AT, tendo desempenhado funções de Adjunto e de Chefe de Repartição de Finanças. Parabéns STI e MUITA FORÇA!”

 

João Carlos Gonçalves Esteves de Figueiredo

Sócio nº 4291

“Entrei na DGCI em 1976, mediante um concurso a que fui opositor com mais cerca de 13.000 candidatos e depois de ter estudado, e bem, o velhinho Múrias e em que fiquei classificado em 13.º lugar. Tendo sido colocado em Vila Franca de Xira, exerci funções sucessivamente em Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval e finalmente Benavente, onde me aposentei como Chefe de Finanças.
Tornei-me sócio do STI em 1979 tendo feito parte das lutas que houve necessidade de encetar para que a Administração concedesse alguns dos benefícios que ainda se vão tendo.
Lembro os 15 dias de greve que se fizeram para que a Reestruturação da DGCI fosse aprovada.
Finalmente, prezo-me de ter exercido as minhas funções com dedicação ao trabalho, lealdade e frontalidade para com os meus superiores e colegas e procurando evitar que qualquer Contribuinte fosse prejudicado por más práticas.”

 

Jorge Pimenta Fialho

Sócio nº 1401

“Longo caminho percorrido desde meados de 1976. A primeira reunião de sensibilização foi na então Repartição de Finanças do Entroncamento com vista à formação do Sindicato. Algumas derrotas mas muito mais conquistas de direitos, o STI foi dando passos seguros. Possivelmente nem sempre da melhor forma mas lutar pelos direitos não é fácil e impõe sacrifícios. Grão a grão, foi o STI conseguindo direitos à custa de muito trabalho mas também de formação. Acabando com a semana inglesa e obrigando a Administração ao pagamento das horas extraordinárias e criando um maior respeito entre os funcionários e os contribuintes. A ele se deve a criação do prémio de cobrança e dos benefícios na área da saúde e o contributo para uma maior e melhor justiça fiscal. Impõe-se o nosso reconhecimento a todos que colaboraram para o engrandecimento do STI.”

 

José das Neves Raimundo

Sócio nº 7002

“Ser trabalhador da AT é pertencer à entidade que tem a seu cargo garantir a grande parte da receita que o Estado necessita para realizar as suas missões. Assim sendo, é pertencermos a uma entidade prestigiada e que possibilita aos seus colaboradores a sua realização profissional e pessoal. No meu caso que entrei por baixo (aspirante provisório) e saí como ITAP (Inspector Tributário Assessor Principal) tendo desempenhado as mais diversas funções das quais destaco Chefe do 5.º Serviço da DF, Chefe da Repartição de Finanças de Monforte, Chefe do 4.º Serviço da DF, Formador, Chefe de Divisão da IT e Diretor de Finanças (em substituição), sendo que aquela que mais me marcou foi a de formador desde o Zé Olhinhos, passando pelo IVA, monitor do CFAP, IRS, IRC e muitos outros, que me realizou completamente.

Ser sócio do STI é pertencer a algo que é nosso, foi feito por nós, tendo em vista a defesa dos nossos interesses enquanto trabalhadores mas também para além disso como são os casos do Fundo de Emergência e o Seguro de Saúde disponibilizado aos seus membros. Tem sido o meu Anjo da Guarda.”

 

Manuel Alberto Folgado Baptista da Silva

Sócio nº 602

“Convidado a dar testemunho, em escassas 5 ou 6 linhas, sobre a minha passagem pela AT e também pelo STI, não podia, recusar este repto tão linear…

Iniciei a minha carreira na DDF de Lisboa como aspirante provisório no longínquo Janeiro de 1970 que interrompi para cumprir o serviço militar. Regressado da guerra colonial em Moçambique concorri à DGCI e tendo obtido o primeiro lugar entrei no S.F. de Finanças de Viana do Castelo e saí em 1981 para a DDF distrital.
Em Janeiro de 1985, já como perito tributário, fui para a DDF do Porto para coordenar as aplicações informáticas da contabilidade e nesse mesmo ano fui designado coordenador/formador para os 5 distritos da zona Norte do país nessa ainda muito incipiente área da então DGCI onde estive quase 10 anos nessas funções.

Esta experiência foi, na minha carreira tributária, a mais gratificante pois dependia directa e exclusivamente do DG, e na prática tinha isenção de horário de trabalho mas também muitas vezes terminava o serviço durante a noite pois é sabido que na informática sabe-se sempre quando se começa mas nunca quando se termina.

Terminadas estas funções regressei em 1994 ao Serviço de Finanças de Viana do Castelo mas em 1996 fui destacado para o respectivo governo civil até 1999 altura em que fui para o Tribunal Tributário.

No meu longo percurso profissional de quase 35 anos, encontrei colegas e alguns raros dirigentes com qualidade humana e competência mas igualmente convivi, sobretudo já como sindicalista e por esse motivo, com dirigentes ditatoriais a que, quer como funcionário quer como sindicalista, fiz frente o que me trouxe alguns dissabores.

Com efeito, tive 3 processos disciplinares e um criminal por motivos de índole sindical mas de todos fui absolvido já que a razão esteve sempre do meu lado.

Em 2004 interrompi o percurso profissional para presidir à D. N. do STI. Durante esse meu mandato e já em 2005, tomei posse de direito mas não de facto, como chefe do S.F. de Vila Nova de Cerveira precisamente porque estava no Sindicato em Lisboa.

Anteriormente tinha, já como perito tributário, recusado a nomeação para o S. F. de Arcos de Valdevez. Em Fevereiro de 2007 e ainda no STI, aposentei-me.

Desta profissão, como disse, destaco o período como formador informático, já que sempre gostei desta área e a vida que ela me proporcionou foi agradável pois viajei muito sem a rigidez de horários e dependendo só do D.G. Pombo Cruchinho.

Vida Sindical

Nos idos de 1976 e 1977 estive presente na embrionária constituição do STI.

Tempos tais em que o Sindicato não tinha dinheiro e muito menos sede e em que a maioria das vezes as despesas com deslocações e estadias foram muitas vezes financiadas pelos nossos bolsos. Algumas reuniões foram realizadas na sede do Sindicato dos empregados de escritórios em Lisboa perto do Chiado.

E só quem viveu essa militância sabe como eram os transportes na época para quem tinha de percorrer 800 km ou mais na ida e volta a Lisboa ou, depois, à velhinha sede em Setúbal, quer de comboio quer de camioneta ou ainda de boleia partilhada.
O meu número de sócio que era muito baixo passou definitivamente ao 602, depois de uma nunca bem explicada renumeração concebida em Lisboa.

Desde 1975 e até final de 2007 exerci quase ininterruptamente 3 cargos sindicais a saber já que dediquei toda uma vida ao STI:

Delegado sindical no SF e DDF de Viana do Castelo, presidente da Direcção Distrital de Viana do Castelo, candidato a vice-presidente à Direcção Nacional na lista encabeçada por Eurico Neto que não saiu vencedora e, finalmente, eleito presidente da Direcção Nacional no mandato 2004/2007.

Como Delegado Sindical fui inúmeras vezes eleito pois este era um cargo pouco apetecível para muitos daqueles que só reclamavam e pouco participavam.

Nessa qualidade integrei inúmeras vezes a representação distrital de Viana do Castelo nos Conselhos e Assembleias Gerais bem como, a nível individual, estive activamente presente em quase todos os Congressos.

Participei também em todas as greves do nosso Sindicato e também em algumas da Função Pública.

No entanto, a que mais recordo foi a célebre greve de 17 dias em 1979, que tendo sido a mais participada a nível nacional foi também a mais dolorosa porquanto se fez ressentir pesadamente nos nossos bolsos.

Todavia, os ganhos alcançados vieram a compensar os sacrifícios sofridos.

Depois de eleito presidente da Distrital de Viana do Castelo em vários mandatos continuei a estar presente com os meus colegas nesses fóruns.

Entre muitas magnas reuniões sindicais com muita história, recordo aqui só dois. Em Tróia, na companhia de Eurico Neto evoco a noite sem dormir literalmente, para que o projecto de Estatutos ficasse minimamente elaborado.

O outro, muito agitado, quer na sala onde decorria quer nos corredores e mesmo nalguns quartos, foi o de Albufeira, que me deixou memórias contraditórias.

Com efeito, em todas as reuniões magnas do STI havia muito debate, mas também muitas discussões estéreis pela noite dentro mas sempre com espírito democrático salvo raríssimas excepções.

Sem falsas modéstias posso afirmar que a representação de Viana do Castelo muito contribuiu para o engrandecimento do STI, sendo muito interveniente, respeitada e ouvida.

O Congresso é o momento maior do STI e foi também aí que a minha participação a nível individual foi mais activa sobretudo na área mais acima indicada.

Integrei vários grupos de trabalho designadamente no Congresso de 2002 na Costa da Caparica na companhia do activo Eurico Neto.

Muitos outros Congressos deixaram marcas relevantes mas nem todos pelos melhores motivos.

Quanto à minha eleição e mandato como presidente da Direcção Nacional do STI, muito haveria a dizer, mas duas razões ponderosas obrigam-me à contenção.
Por um lado, estou espartilhado nas limitações do espaço que me concederam para tal e que já notoriamente ultrapassei.
Por outro lado, penso que são os sócios que melhor avaliarão esse período designadamente os muitos que, em vão, me pediram para me recandidatar.

Dito isto, não posso deixar de registar duas ou três notas sobre essa minha presidência na Direcção Nacional do STI.

Foi um período com algumas dificuldades a nível negocial com o governo mas relativamente fácil e produtivo com o Director-Geral Paulo de Macedo. Com efeito, a DN a que presidi sempre manteve com ele negociações frontais mas honestas de ambas as partes. E ele nunca deixou de cumprir o que realmente prometia.

Esta é uma verdade incontestável e reconhecida especialmente pelos colegas que então, pelo seu grande número, se designavam por estagiários de 1990 uma vez que este foi um dos períodos mais férteis para grande parte dos sócios do STI.

Nunca tantas avaliações, progressões, concursos e colocações ocorreram na nossa Casa como neste período e mandato.

Honestamente penso que a DN a que presidia teve sorte com Paulo de Macedo independentemente da sua ideologia política ou prática religiosa as quais nunca foram nem podiam ser impedimento para as negociações.
Disse e reitero que esta D.N. teve sorte, mas esta custa muito a obter.

Quanto à equipe que tive a honra de liderar sempre tive, salvo uma ou duas excepções, a colaboração e lealdade esperada o que obviamente muito contribuiu para o que considero um mandato produtivo.
Na realidade, para além da parte estritamente negocial, muitas outras realizações ocorreram.

Todavia, elencarei, entre outras possíveis, tão só as seguintes:

Conseguiu-se despachar a herança do cancro da sede velha na Carvalho Araújo.

Adquiriu-se o imóvel contíguo à sede actual o que permitiu alargar muito a sua área dando mais conforto aos trabalhadores e dirigentes.

Recuperou-se inúmeras dívidas de sócios ao STI com planos faseados.

Instituiu-se maior disciplina e rigor nas despesas o que se traduziu na isenção de quaisquer críticas pertinentes do Conselho Fiscal.
Implementou-se a sério e através de duas excelentes colegas da D.N. a área da formação profissional/ sindical que é hoje reconhecidamente um dos pilares do STI.

Distribuiu-se telemóveis a todas as estruturas distritais e nacionais.

Estabeleceu-se relações sindicais com o STE, CGTP e UGT a nível nacional e com a UFE a nível internacional com intercâmbios mútuos.

Reforçou-se e regulamentou-se melhor o mecanismo do FAS.

Foi também neste mandato que se comemorou o 30.º aniversário do STI com conferencistas de alto gabarito e com a presença do DG e de uma delegação da UFE.

Publicou-se um livro e um vídeo para memória futura dos eventos.

Deixou-se à D.N. seguinte uma nova viatura depois de se ter utilizado até à exaustão a velhinha ww durante quase 4 anos já que a nova só usufruímos 6 meses.
Tudo isto é o testemunho do que foi por mim vivido durante a minha actividade sindical que acompanhou toda a minha carreira profissional.

Neste percurso de intensa actividade sindical conheci muitos colegas, fiz muitos amigos de entre eles, e as inimizades não chegam aos dedos de uma mão.

É justo relembrar com consideração e Amizade o Homem que acompanhou todos os sindicalistas e sócios do STI durante estes mais de 43 anos com total dedicação aos mesmos e que foi o suporte de todas as organizações do Sindicato bem como o alicerce de todos os seus serviços. A sua educação esmerada é no entanto o traço mais característico da sua personalidade. Escusado será dizer que esse Homem é o Secretário – Geral Francisco Rodrigues a quem continuo grato.

Para terminar relembro agora só aqueles que partiram e que bem conheci:

O Eduardo Belo o primeiro Presidente em tempos muito conturbados.

Os amigos dedicados Fernando Rocha e Miguel Mota que foram companheiros de muitas e muitas jornadas sindicais e outras que tais.

O inesquecível Hermínio Freitas que foi Secretário da minha D.N. e de quem muito gostava pela sua maneira frontal de dizer as coisas mas com uma honestidade notável nessa sua forma de ser. Mas simultaneamente um homem sensível até às lágrimas e com um amor à vida não compatível com a sua precoce partida.

Finalmente o mais jovem de todos, o generoso educado e amável Marcelo Castro que sendo o mais intelectual e consensual partiu tão injustamente desta vida. Dele recordo algumas conversas, desabafos e mesmo conselhos que agradeci. Uma outra memória dele é a que se prende com uma oferta sua de um DVD, logo no início do meu mandato como presidente da D.N., que muito me surpreendeu pelo inusitado.
Mas era assim o nosso querido Marcelo, lídimo representante dos seus colegas então estagiários.

Viana do Castelo em 10 de Setembro de 2020 e em tempos de pandemia”

 

Manuel Armando Pinto Peixoto Novo

Sócio n° 1283

“A circunstância de ter ingressado na Direção-Geral das Contribuições e Impostos em julho de 1974, conferiu-me a possibilidade de acompanhar todo o processo de construção do STI e a oportunidade de nele participar ativamente até hoje.
A minha atividade profissional decorreu quase em simultâneo com a atividade sindical, de forma tão natural que, nalgumas ocasiões, quase se completaram.
Aderi ao então Sindicato dos Funcionários da Direção-Geral das Contribuições e Impostos na data do seu nascimento e paulatinamente fui subindo os degraus possíveis na hierarquia laboral em simultâneo com a ocupação de cargos na estrutura sindical.
A ambas as Organizações estou grato: a uma por me ter permitido “ganhar a vida” de forma honrada e a outra por dar voz a algumas das minhas inquietações nos momentos em que, algum desencanto, poderiam ter contribuído para a clássica comodidade do “deixa andar”.

Agora aposentado, continuarei a acompanhar com redobrada curiosidade o percurso dos seus protagonistas e naturalmente, mais intensamente, o percurso do STI, Organização da qual continuarei a fazer parte integrante.

 

Manuel Joaquim Gonçalves Pereira

Sócio nº 584

“O Sindicalismo foi uma das minhas primeiras atividades políticas. Participei em reuniões para a criação do Sindicato do qual sou sócio desde a sua fundação. Fui Delegado Sindical na Repartição de Finanças de Ponte da Barca e mais tarde Secretário da Direção Distrital de Braga. Participei na maior greve da função pública, greve que foi um marco de afirmação do STI, enquanto sindicato independente das centrais sindicais.”

 

 

Manuel Vítor Bravo

Sócio nº 789

“Sou sócio do STI desde a sua fundação, fiquei muito sensibilizado por finalmente o sindicato se ter lembrado de nós (os sócios aposentados), julgo que hoje somos uma percentagem significativa e normalmente, porque estão mais interessados na política, ignorados pelas anteriores direções, os meus parabéns à atual Direção. Precisamos de mais iniciativas e apoios para os sócios aposentados.
Aproveito para enviar um forte abraço e votos de boa saúde, a todos os sócios (no activo e aposentados) com quem tive o gosto de trabalhar.”

 

 

Maria Fátima Carmo Costa

Sócia nº 9004

“Desde que saí da Direção de Finanças, sita em Rua Sta Catarina, no Porto, a minha vida tomou um novo rumo. Passei a fazer o que sempre amei. Como empreendedora que sou, abri o espaço M. Desenvolvimento pessoal e novas terapias, onde dou consultas de psicologia clínica, hipnoterapia e formação na área do desenvolvimento pessoal. Em Agosto deste ano, mudei de instalações e de nome. Saúde afectiva, mental e espiritual, onde desenvolvo um novo projecto, com vista a deixar o meu contributo para uma saúde mental mais equilibrada.
Sinto me feliz e realizada nesta fase da minha vida. Para trás ficou um percurso nas finanças onde fiz o melhor que soube e pude.
A vida é feita de ciclos.”

 


Maria de Fátima Marques de Sá Castro Amorim

Sócia nº 2203

“Acabar os estudos e entrar em 12 de Setembro de 1969 para a complexa casa dos Impostos, para uma menina foi um sonho.
Por azia do Dr. Oliveira Salazar, não tomei posse como ” aspirante”, fui andando na qualidade de secretária, mas quando o Sr. Dr. Marcelo Caetano entrou para o Governo, a situação alterou-se e abriu um concurso para aspirantes, no qual, éramos opositores.
O trabalho fazia-se com gosto , concursos não se perdia um.
A legislação não alterava como hoje .
O 1 “código Murias” do saudoso Director.
Quanto ao Sindicato aderi imediatamente à sua criação”1975″ até hoje.
Tenho muito orgulho no Sindicato dos Impostos, recordo a nossa luta de 17 dias de “5/3/79 a 22/3/79, vi garra naqueles que defendiam os trabalhadores, e nos próprios a lutarem pelos seus direitos.
Desejo que a Direção atual não se deixe vencer, neste tempo difícil em detrimento dos sócios.
Saudações Sindicais.”

 

Maria de Fátima Cerqueira

Sócia 12067

“Que posso dizer???
Em 1989 iniciei funções na então DGCI como administrativa , requisitada a Segurança Social. Fiz a minha carreira profissional tentando ser uma boa profissional e sempre atenta aos problemas dos Trabalhadores dos Impostos.
Durante os vinte anos que aí trabalhei muito teria para contar, mas o mais importante é que como activista associativa e dirigente sindical, logo abracei a defesa dos trabalhadores dos Impostos . Criei em 1990, em conjunto com outros colegas oriundos da Segurança Social, o Centro de Cultura e Desporto da DGCI, hoje CCD-AT bem conhecido por todos nós.
No STI, logo fui nomeada delegada sindical no Edifício Satélite (serviços de elite na altura ) onde qualquer trabalho sindical era dificílimo mas com muita persistência conseguimos sindicalizar grande parte dos funcionários, quer na DGCI quer na DGiTA, muitos dos quais não pertenciam ao GAT mas sim a outras carreiras. Dai a ser convidada para integrar uma lista para a Distrital de Lisboa foi um passo e um grande desafio. Ai desempenhei funções durante quatro mandatos (com Miguel Mota e Amândio Alves).
Nos últimos anos integrei uma lista para a Direcção Nacional com o Paulo Ralha da qual viria a pedir a demissão por divergências unicamente com o Presidente.
Como aposentada continuo a participar nas atividades, quer do CCD-AT, quer na dinamização sindical e sempre na defesa dos interesses dos seus associados.
De todo este percurso, o STI sempre foi para mim um Sindicato e não uma qualquer agência de seguros ou viagens onde vivi momentos bons e menos bons mas em que fiquei extremamente enriquecida, aprendi muito, conheci grandes Sindicalistas e o mais importante de tudo, fiz ótimos Amigos!!!! A todos os que comigo se cruzaram e me ajudaram, o meu muito obrigada!!!
Agora e aqui gostaria de agradecer, em especial , ao Senhor Secretário Geral do STI Francisco Rodrigues pelo seu apoio e amizade e à Ana Gamboa que me acompanhou nalgumas dessas “guerras”.
Saudações Sindicais”

 

Maria de Lourdes Martins Alves Assis

Sócio nº 9208

“O QUE REPRESENTA PARA MIM TER SIDO TRABALHADOR DA AT

-Valorização pessoal e profissional;
-Respeito e reconhecimento de todos com quem tive o privilégio de partilhar o meu percurso;
-Independência económica, enquanto Mulher.
Muito mais poderia ser dito, mas o que importa é poder afirmar, sem qualquer duvida, ter sido o melhor que aconteceu em toda a minha vida.
Quanto ao STI, revela-se, como seria de esperar, o mais perfeito complemento a tudo o que acabei de citar.”

 

Victor José Calado Luz

Sócio n° 200

“O que representa ter sido Funcionário da AT?

Quando entrei para os serviços das Contribuições e Impostos em Agosto de 1963, como provisório, senti a responsabilidade e o ter que me adaptar a novos horários. Fui a concurso que se faziam nos grandes corredores da Direcção Geral no Terreiro do Paço em Lisboa e como fiquei classificado nos primeiros “80”, fui colocado no primeiro movimento numa R.F, que funcionava no edifício da Câmara Municipal no Distrito de Aveiro, onde nunca tinha ido. Com coragem, saí de manhã do Alentejo e cheguei ao final da tarde à Murtoso, a 600 Km. Repartição com 3 Funcionários e um Chefe de gabinete. Foi uma experiência de dois anos até ir para o serviço militar obrigatório. Fiz bons Amigos, alguns que ainda conservo, outros que infelizmente já faleceram.

Quanto ao STI, não foi fácil a constituição do nosso Sindicato. Logo após o 25 de Abril de 1974, as movimentações eram constantes. Plenários em Setúbal, Coimbra Leiria, etc, cujas despesas eram divididas, utilizando automóvel próprio. Preparar a greve de 17 dias no ano de 1979, não foi fácil em termos pessoais e financeiros. Os filhos frequentavam os infantários e a prestação da casa não podia falhar.

Finalmente o objectivo foi conseguido! Ganhamos a batalha e a guerra.

O Sindicato das Contribuições e Impostos era uma realidade!

Hoje, porém, com nova sigla mas estatutariamente com os mesmos objectivos, temos um Sindicato que nasceu em Setúbal e actualmente em Lisboa com património próprio.

Todos aqueles que viveram e lutaram em tempos idos saberão entender com orgulho, o dia a dia na passagem deste legado às novas gerações.”

 

Vítor Manuel de Sousa Inácio

Sócio 4892

“A minha história na (então) DGCI e no STI (então Sindicato dos Trabalhadores da DGCI) começou em 1982, fazendo parte do 1.º Estágio para Liquidadores.
Tinha 32 anos e alguns de experiência profissional na “privada”…era dos mais velhos do Estágio!
Recordo o que aprendi e com quem, a luta da direcção do Sindicato para que os estagiários tivessem direito às “remunerações acessórias” e a códigos actualizados…o que sucedeu a partir do 2.º Estágio.
Vivi a esperança dos novos IVA, IRS, IRC & C.ª e algumas desilusões.
Recordo também a luta para, por exemplo, criar a DD Lisboa a que tive a honra de presidir, sindicalizar colegas ou obter o NSR e o alívio pelo êxito.
Mais tarde (muito mais), pude partilhar um pouco do que me ensinaram com outra “fornada” de estagiários e o orgulho de alguns, anos depois, me visitarem e agradecerem o pouco que lhes dei.
No final do percurso, a alegria de ter coordenado uma equipa de gente talentosa, pelo saber, entrega à causa pública e lealdade fraterna…e o desgosto do SIADAP impor quotas de classificações, como se fosse impossível ter uma equipa de PESSOAS EXCEPCIONAIS!
Enfim, foram 29 anos de orgulho por ter feito parte da DGCI/DGI/AT e ter contribuído, ainda que com limitações, para o prestígio do STI.
Hoje, o STI é ainda uma referência, para mim e família, pela sua vertente social e histórica.”

 

Salvador dos Reis Ramos

Sócio nº 2556

“Ao STI e aos seus dirigentes gostaria de dizer que o que me motiva ser sócio até ao fim dos meus dias, não é a obtenção de qualquer vantagem patrimonial, tipo assistência médica, sem querer desvalorizar a sua importância, mas sim um sentimento de profunda gratidão para com uma organização e os seus dirigentes, que com a sua forte militância, logo após o 25 de Abril constituíram um exemplo para toda a função pública e conduziram-nos de um salário de miséria até um salário que nos permitiu viver com alguma dignidade. Saudações sindicais.”

 

Victorino Cavaco Martins

Sócio nº 191

“Foi para mim uma grande honra, ter servido a AT durante 35 anos e ter sido um dos primeiros sócios do nosso SINDICATO, ao qual desejo que continue como até aqui tem feito, dentro do possível, a defender os interesses dos seus associados.”