Realizou-se ontem e hoje o Conselho Geral do STI em que se aprovou por unanimidade o Plano de Atividades e o Orçamento para 2023, assim como se debateu a situação político sindical atual, sendo unânime a perceção de que o cenário na Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) é negro e nebuloso para os trabalhadores, que estão cada vez mais sobrecarregados e desmotivados, com a desorganização dos serviços, a crescente dificuldade em cumprir os objetivos, a falta de clareza quanto ao futuro da organização e, não menos importante, com a falta de respeito pelas suas funções e pelas suas carreiras, com uma gestão de Recursos Humanos que prima pelas constantes demoras e trapalhadas nos procedimentos e com a falta de regulamentação do Diploma 132/2019 que, sem avaliação permanente, sem a revisão do suplemento, sem o regulamento de transferências, sem o regulamento de chefias e, agora, sem uma atualização das tabelas remuneratórias, não produz os efeitos previstos na valorização das carreiras especiais da AT.

Temos um SEAF recém empossado, que terá que desenvolver muito trabalho para melhorar o estado decrépito em que a AT se encontra e para solucionar os muitos problemas que os trabalhadores enfrentam. O conhecimento que o mesmo já tem da casa deve ser suficiente para saber que será necessário muito mais do que boas intenções. Será necessário dar sinais imediatos e concretos para que os trabalhadores da AT possam vir a recuperar a confiança na Tutela e foi por essa razão que este Gonselho Geral refletiu sobre formas de luta e mandatou a Direção Nacional, por unanimidade, para decretar greve por mais de 5 dias, caso durante o primeiro trimestre de 2023 não haja resultados concretos por parte do Governo, estando já a ser estudados mecanismos de luta que causem impacto, com o mínimo de custos para os trabalhadores.

A Direção Nacional tem consciência da responsabilidade que tem para dar voz aos trabalhadores da AT e continuará a fazer tudo o que esteja ao seu alcance para defender afincadamente os sócios do sindicato, na salvaguarda dos seus direitos e interesses, assim como ficou claro neste Conselho Geral, que os representantes distritais e regionais também estão conscientes desta responsabilidade. Que continuemos unidos e solidários, pois essa é a nossa maior força.

POR TI, PARA TI, CONTIGO!