31 Jan Plenários de trabalhadores com a Direção Nacional do STI
Plenários de trabalhadores com a Direção Nacional do STI
Ao longo do mês de janeiro, a DN, em coordenação com as Direções Distritais e os Delegados Sindicais, dando seguimento à política de proximidade aos sócios, realizou plenários com os trabalhadores de vários serviços, nos distritos de Setúbal, Porto, Braga e Viana do Castelo, para auscultá-los e prestar informações e esclarecimentos.
A falta de pessoal, a falta de uniformidade nas regras de funcionamento dos serviços, que variam conforme o distrito ou o entendimento da chefia, a pressão no atendimento presencial, também sem critérios uniformes para o APM e o atendimento espontâneo, encontrando-se uns serviços de porta encerrada e outros de porta aberta, o atraso nos concursos e na conclusão do movimento de transferências, a cada vez mais escassa formação de atualização, as constantes alterações legislativas e instruções de serviço pouco claras, foram alguns dos problemas apresentados pelos trabalhadores, que se sentem desmotivados, cansados, sendo muitos os que referem fazer uso de antidepressivos para enfrentar o dia a dia laboral.
É também preocupante termos conhecimento de colegas que, durante o horário de trabalho, sofreram AVC ou ataques cardíacos, tendo alguns deles, infelizmente, perdido a vida. Não podemos estabelecer uma correlação direta, mas uma coisa é certa, a pressão com que se trabalha na AT é muita, a média etária dos trabalhadores é elevada, os serviços de Medicina no Trabalho não estão implementados, nem vemos qualquer iniciativa por parte da organização para prevenir os riscos psicossociais a que estamos sujeitos.
O colapso nos serviços da AT, a desorganização e a sobrecarga com que se trabalha é cada vez mais evidente! Os objetivos mantêm-se, não sendo reajustados tendo em conta a diminuição de trabalhadores nas equipas, a pressão é cada vez maior!
Na área aduaneira, há serviços com instalações deficitárias e a falta de trabalhadores nas Alfândegas põe em risco a eficácia da função na proteção da sociedade e no controlo das mercadorias e da fronteira externa.
Na Inspeção Tributária e Aduaneira os colegas sentem que as suas funções são cada vez menos valorizadas e, sem a atualização dos valores das ajudas de custo e transporte, tendo em conta a inflação e os aumentos do combustivel e da restauração, muitos estão literalmente a pagar para trabalhar!
A somar a esta falta de condições temos um regime de carreiras por regulamentar desde 2019, o que se traduz numa falta de respeito gritante pelas funções e pela carreira que exercemos.
A DN informou sobre as ações em curso, apelou à união e ao cumprimento rigoroso do horário de trabalho, não devemos compensar a falha de recursos com trabalho extra gratuito! Temos que preservar a nossa saúde física e mental e quem nos dirige tem que perceber que é EMERGENTE tomar medidas contra o colapso da AT!