08 Mar Testemunhos – Dia Internacional da Mulher
No Dia Internacional da Mulher pedimos às mulheres que integram a estrutura sindical do STI, como delegadas sindicais ou como membros de órgãos nacionais, regionais e distritais, que partilhassem um testemunho ou reflexão sobre a participação das mulheres na sociedade e no sindicato.
Ana Gamboa Presidente da Direção Nacional Sócia n.º 11323 “A 8 de março celebra-se o Dia Internacional da Mulher, prestando-se homenagem a todos os que lutaram e deram as suas vidas para garantir que hoje as mulheres participem na vida cívica, laboral e social com igualdade de direitos face aos homens. Digo todos e não todas porque também houve e há homens que apoiaram e apoiam esta causa. Não é uma causa pelas mulheres é uma causa pela Humanidade, porque uma sociedade boa para se viver é uma sociedade em que mulheres e homens são livres de participar e contribuir com o que têm para oferecer, independentemente do seu sexo, cor ou credo. Hoje é um dado adquirido que evoluímos enquanto sociedade em termos de liberdade de escolha no que toca aos papéis desempenhados pelas mulheres e pelos homens. Assiste-se a uma participação crescente das mulheres em papéis que no passado eram exclusivamente desempenhados por homens e também a uma maior participação dos homens em papeis que antes eram destinados exclusivamente às mulheres. Vejo a crescente participação de mulheres na vida cívica como uma consequência da evolução da consciência coletiva, em que valores como a cooperação, a recetividade e a aceitação se fazem mais presentes, em detrimento da preponderância da competição, da assertividade e da conquista, valores também necessários. O STI tem cerca de 10000 associados, mulheres e homens, com características e talentos únicos. Cada um tem a sua história, as suas dores, o seu pensamento e o seu valor. A força do sindicato é a força de todas as sócias e sócios que participam com o seu contributo individual para um coletivo melhor. Que juntos, mulheres e homens, consigamos cooperar para fortalecer o STI, lutar para melhorar as nossas condições de trabalho, de forma a que quem vier a seguir possa um dia ter como dado adquirido aquilo que ainda não alcançámos. Saudações sindicais a todas! E a todos!” |
Ana Machado Secretária da Direção Distrital Porto Sócia n.º 9013 “A minha caminhada neste mundo do sindicalismo começou há mais de 25 anos; nunca me tendo arrependido e dele me sentir parte integrante. Fui sempre respeitada pelos meus pares, e todas as dificuldades que senti e que ainda hoje se manifestam não têm género, mas sim falta de convicção e paixão em agarrar nas causas que acreditamos e lutar por elas, em conjunto e não cada um por si, ofuscando-se tantas vezes com o próprio ego. Como mulher, confesso que gostava de ver mais rostos femininos no nosso STI, pois estou convencida que em muitos momentos poderiam trazer o sempre necessário equilíbrio decisório. Viva o STI sempre!” |
Ana Paula Cunha Delegada Sindical do SF de Santo Tirso Sócia n.º 8890 “Neste dia Internacional da Mulher, data que festejo desde muito jovem com grande sentido de liberdade e assertividade, reservo-lhe, este ano, uma reflexão sobre a minha atividade de delegada sindical do STI, iniciada em 2017. De imediato ressalta o modo peculiar de eleição para o cargo, pois, na qualidade de chefe de finanças, fui surpreendentemente eleita pelos funcionários, que naturalmente, acreditaram que seria capaz de os representar. Sobre a enriquecedora experiência sindical, gostaria de deixar a mensagem, que os interesses de todos os trabalhadores da AT (incluindo chefes e dirigentes) são legítimos, dignos de tutela e análise, e só essa abrangência permitirá afirmar que o STI é o sindicato “De todos nós”! |
Cristina Maria Campos Guerra Delegada Sindical do SF de Trancoso Sócia n.º 12 307 “Há mais de dez anos que desempenho as funções de delegada sindical e sempre me senti como uma entre os meus pares. Participar ativamente no STI, na qualidade de delegada e de sócia, é agarrar nas duas mãos o nosso presente e futuro profissional.” |
Margarida Milheiro Creado Delegada Sindical de Idanha-a-Nova Sócia n.º 13925 “A minha experiência como sindicalista: Estou a gostar da nova experiência, tento transmitir tudo aos colegas deste Serviço. Tento disponibilizar-me a estar presente nos encontros realizados pelo sindicato. A minha opinião para que o sindicato esteja mais unido, é haver uma igualdade para casos em igual situação. O que não tem acontecido. O sindicato deve também defender os seus sócios e resolver assuntos que estão há anos pendentes, e que não se vê empenho para serem concluídos. Que o STI seja tão forte quanto desejamos.“ |
Maria do Amparo Lopes Vogal da Direção Nacional Sócia n.º 12029 “Com o aumento da entrada da mulher no mercado de trabalho a sua inclusão no movimento sindical ganhou espaço. Assim, a minha entrada na DGCI teve como consequência natural a inscrição no STI. Do passado recordo com satisfação as lutas travadas enquanto sócia e, em especial, o tempo em que exerci o cargo de Delegada Sindical, função em que senti a responsabilidade de compreender e transmitir o sentir dos sócios e a obrigação de prestar os esclarecimentos pedidos. Ao fim de um ciclo liga-se o início de outro que me trará certamente muita aprendizagem com a participação na Direção Nacional do STI”. |
Maria Helena Sousa Carlos Delegada Sindical na Loja do Cidadão de Setúbal Sócia nº 5074 “Celebrar o 8 de março instituído em 1910, é enaltecer a Mulher Trabalhadora, ao evocar as operárias tecelãs de Nova York, que no ano de 1857 lutaram dura e corajosamente pela dignidade no trabalho. Extrapolando esta consciência para o nosso STI, há que recordar, que da Comissão Pró-Sindical constituída logo após a queda do fascismo, faziam parte duas mulheres, Maria Arlete Nazaré Graça e Maria Manuel Lopes da Silva. Estava assim aberta a porta para as mulheres discutirem os problemas teóricos e políticos do sindicalismo, que a nenhum preço deverá ser desvirtuado dos seus princípios, mas sempre vivido em torno das relações laborais, e não d e outras que aparentemente inocentes promovam o distanciamento do movimento sindical!” |
Vanda Bento Tesoureira da Direção Nacional Sócia n.º 10922 “O sindicalismo não tem género! Na sua essência, o papel do sindicalista homem é exatamente igual ao da sindicalista mulher, mas nem sempre foi assim! E é precisamente por isso, que é importante não esquecer as conquistas que foram feitas nas últimas décadas, e que nos permitiram estar hoje num patamar de igualdade. Neste dia internacional da Mulher, resgatar a história do sindicalismo e dos direitos das mulheres, é fundamental, não só, para percebermos e valorizarmos a evolução, mas também para incentivarmos outras gerações a prosseguirem a luta pela igualdade de oportunidades. Neste sentido, a participação da mulher na atividade sindical continua a ser crucial, sobretudo numa organização como o STI, onde existem mais mulheres que homens. É, no entanto, curioso perceber que em cargos de dirigente sindical continuam a existir mais homens que mulheres. Estarão as mulheres mais satisfeitas com a sua situação laboral? Estarão mais conformadas? Estarão ocupadas com outras atividades, deixando para segundo plano a questão sindical e laboral? Ou será que, pura e simplesmente, se demitem dessa responsabilidade por considerarem que é função de outros? Seja qual for o motivo, creio que cada uma de nós, sócias do STI, se deve questionar, “Estarei a dar o meu contributo? Ou limito-me a observar e, muitas vezes, criticar, sem procurar ser uma voz ativa? Quanto ao meu percurso sindical, paulatinamente foi-se tornando mais ativo. Fiz-me sócia do STI desde o primeiro dia em que ingressei na AT, não porque outros me tenham dito para o fazer, mas por reconhecer que “Juntos somos mais fortes!”. Fui delegada sindical, dirigente distrital e, desde há 4 anos, que sou dirigente de um órgão nacional do STI. E é enquanto dirigente sindical, que aqui deixo um apelo a todas as Mulheres do STI, para que venham juntar-se a nós, ser uma voz ativa e solidária, lutar por um STI mais unido e participativo e, acima de tudo, venham contribuir com o vosso conhecimento, a vossa visão e sensibilidade para tornar o STI o sindicato de todas e todos os trabalhadores da AT.”
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