Os trabalhadores do Serviço de Finanças de Beja realizaram hoje, dia 21, a partir das 09h00, um protesto frente às instalações, na capital de distrito. Os serviços de Finanças de Vidigueira, Cuba e Castro Verde estão encerrados.

 

O protesto consiste, igualmente, na paragem parcial do serviço, prevendo-se constrangimentos no atendimento em Beja.

A concentração decorre do protesto nacional em curso promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), contra o colapso da Autoridade Tributária e Aduaneira e que reivindica a dignificação profissional dos trabalhadores que se encontram com um regime de carreiras por regulamentar há mais de dois anos, o que entre outros problemas, os impede de progredir na carreira que neste momento é uma carreira a 90 anos, frisou à Voz da Planície Ana Gamboa, a presidente desta estrutura sindical.

Manuel Monge, presidente da distrital de Beja deste Sindicato, avançou, também em declarações à nossa Rádio, que os serviços de finanças de Vidigueira, Cuba e Castro Verde estão encerrados. Esclareceu que este protesto “tem como principal objetivo, no caso do distrito, contestar a política de recursos humanos desenvolvida”. E foi neste contexto que alertou para o facto de “nos próximos três anos estar prevista a saída de muitos trabalhadores em idade de reforma, situação que vai afetar os serviços com poucos funcionários”.

De acordo com o balanço social de 2021, o último a ser produzido, assegura o STI, 10 782 é o número de trabalhadores na Autoridade Tributária, destes, três mil e 776 têm mais de 60 anos, ou seja, hoje representam, pelo menos, mais de 35 por cento do seu efetivo.

O sindicato sublinha que os trabalhadores estão insatisfeitos com a crescente “degradação no funcionamento dos serviços, com a saída de milhares de efetivos para a aposentação e com a execução de medidas que aparentam querer esvaziar as funções essenciais e de autoridade e que complicam procedimentos, prejudicando também os contribuintes”.

“Além da paralisação e protesto, estão a ser realizadas ações de sensibilização junto dos cidadãos e a realização de rastreios cardiovasculares aos trabalhadores, de alerta para os riscos a que estes estão sujeitos devido à sobrecarga com que se trabalha e para a falta de Medicina no Trabalho, numa chamada de atenção para a necessidade de valorizar e dignificar as funções que desempenham”, frisa, também, o comunicado.