A Greve é sempre uma oportunidade para o Trabalhador manifestar a sua posição face a alguma circunstância ou alguma medida imposta pela entidade Patronal ou pelo Governo, que prejudicam os seus interesses. Mesmo que os resultados não sejam imediatos, e muitas vezes não são, fazer greve fortalece o Sindicato e a força do Sindicato é a força dos seus Trabalhadores.
GREVE DE 1 a 5 DEZEMBRO 2021
Neste momento, são muitas as reivindicações dos trabalhadores da AT por atender, ao nível das condições de trabalho e da dignificação das suas carreiras, que constituem motivos para aderir à Greve convocada para os dias 1 a 5 de dezembro. Abaixo mencionam-se algumas delas:
O Decreto-Lei 132/2019, de 30 de agosto, simplificou o regime das carreiras especiais da AT, criando regras a aplicar transversalmente a todos os Trabalhadores das carreiras especiais. Mas a revisão do regime de carreiras, passados mais de dois anos desde a sua publicação, continua por regulamentar! Perpetuando uma política de recursos humanos que promove a discricionariedade e o sentimento de injustiça entre Trabalhadores, dividindo para reinar, numa casa onde o espírito de grupo e de equipa deveria ser fomentado.
A crescente degradação no funcionamento da AT, através da implementação de medidas que aparentam querer esvaziar as funções essenciais e de autoridade, e ao invés de simplificarem procedimentos para serem verdadeiramente eficazes, os complicam centralizando. A degradação da AT e a sua perda de autoridade enquanto organismo essencial ao funcionamento do Estado afeta diretamente os seus Trabalhadores, que sempre cumpriram as suas funções com excelência e elevado espírito de missão.
A Inspeção Tributária e Aduaneira está cada vez mais manietada, trabalhando de forma robótica, num processo que se tem desenvolvido desde o ano 2008, ficando mesmo a sensação nos Trabalhadores que o objetivo da Tutela é torná-la ineficiente!
Os procedimentos concursais e de mobilidade anunciados em 2019, uns não abriram, e os que abriram tardam em ser concluídos.
A falta de aquisição de novos equipamentos de trabalho, contrariamente ao que aconteceu em outros organismos do Estado.
O sistema de avaliação de desempenho (SIADAP), essencial ao cumprimento da missão da AT, não contribui para uma avaliação integral das chefias e dirigentes da organização.