Esclarecimentos sobre o Comunicado n.º 8/2018, de 01 de Agosto

Caras e caros colegas,

Face às muitas questões que recebemos relacionadas com o nosso comunicado 8/2018, decidimos elaborar este documento compilando os vários esclarecimentos. Como regularmente acontece, escrevem os colegas que não veem mencionados os temas que lhes dizem respeito e escrevem também colegas que não concordam com algumas situações descritas.

Assim, e de um modo genérico queremos apenas reforçar o que sempre temos informado: os comunicados não podem referir todos os temas que estão em cima da mesa. Atualmente, a AT tem catorze carreiras, cada uma delas com várias categorias, especificidades e regimes próprios. O STI representa todos os Trabalhadores da AT e procura zelar pelo interesse de todos, reivindicando e fazendo pressão junto da Direção Geral e do Governo para que os muitos problemas laborais sejam resolvidos. Quando emitimos comunicados, abordamos aqueles assuntos que, no momento, nos parecem mais pertinentes, o que não quer dizer que os outros estejam esquecidos. Acresce ainda, que quem não resolve os problemas é a AT e não o STI.

Se a AT quisesse nenhum colega estava deslocado, os TATAdj nível 1 já estavam no nível 2 há muito tempo, os colegas TATAdj nível 3 já eram TAT há anos e os TAT/IT2 já eram principais há muitos anos também. Claro que ao ler este texto já estão os colegas de todas as outras categorias e carreiras, incluindo os colegas aduaneiros, a dizer: então e nós? Mas isto são só exemplos, o STI pretende resolver o problema de todos, mas não está nas nossas mãos fazê-lo. Quem não o quer fazer é a AT. Fosse por nossa vontade e todos os referidos, mais os IT1, mais os administrativos, mais os aduaneiros, todos, sem exceção, teriam os seus problemas laborais resolvidos. Acreditamos também que muitos problemas em matéria de recursos humanos da AT podem ser resolvidos com a criação de um diploma de carreiras que garanta igualdade de oportunidades para todos os Trabalhadores progredirem nas suas carreiras.

De forma mais concreta e tendo em conta os emails recebidos acrescentamos que:

  1. Quando, no comunicado, mostramos contentamento quanto ao avanço no processo dos TATAn1, foi porque, também nós, gostamos de ver resultados do nosso esforço, e num processo que estava completamente parado há meses, vimos algum avanço, depois de reivindicarmos essa necessidade junto do SEAF. Assim, aparentemente, a AT fez qualquer coisa e avançou com o processo, e isso é, a nosso ver, positivo. Claro que os colegas têm toda a razão e o que querem é o dinheiro que é seu no bolso, e isso ainda não aconteceu. Continuamos, como sempre, a fazer pressão para que isso aconteça rapidamente.
  2. Quando se refere o teste dos IT1 de economia e a mudança de método na avaliação permanente, teve-se em conta os muitos emails de colegas que nos escreveram sobre esse tema, e a necessidade de perceber o critério subjacente a estas alterações, que por vezes parecem alterações de humor sem qualquer regra ou lógica subjacente. Há que perceber em que circunstâncias se pede justificação nas perguntas e quando é que não se pede. E as regras têm de ser claras: É para todas as categorias? É para as mais avançadas? Por exemplo, para Principal haverá ainda outras exigências? É preciso clarificar. Os colegas IT da área do direito que nos escrevem têm razão ao dizer que os seus testes já tiveram perguntas com justificação, mas simplesmente não informaram o STI do seu descontentamento pelo que, ao tempo, não houve reação pública da nossa parte.
  3. Quanto ao movimento de nomeação de chefias, temos sempre defendido uma recolocação depois de se conhecerem todas as desistências no processo. Depende da AT o bom senso de o fazer.
  4. O assunto da mobilidade, como todos os outros, continua a ser acompanhado pelo STI. Nas palavras da AT, aqui há 2 meses, seria um processo para avançar antes do Verão. Julgámos nós que era do Verão de 2018. Mas provavelmente enganámo-nos. Não está parado por causa do STI. Está parado por causa da AT que não desenvolve os esforços necessários para colocar o processo em marcha.
  5. Quanto aos colegas deslocados é claro que poderiam e deveriam estar a trabalhar perto das suas casas e famílias. Nada obsta ao trabalho à distância na AT. Está provado e os próprios Diretores o comprovam, que há ganhos de produtividade aliados à motivação do trabalhador que regressa a casa. Só há uma resposta para que este problema não esteja resolvido a contento de todos: Falta de vontade da AT.

Em resumo: temos feito tudo o que está ao nosso alcance para lutar por todos os Trabalhadores e precisamos dos Trabalhadores do nosso lado. Não é a AT que vos defende e o STI que vos prejudica. O que acontece é precisamente o contrário. Nós não temos tido a força necessária para conseguir que a AT resolva os problemas que há muito deviam estar resolvidos, e a nossa única força são os Trabalhadores. Apenas unidos poderemos vencer as muitas batalhas!

 

STI – TÃO FORTE QUANTO TU QUISERES!

 

Saudações Sindicais,

A Direção Nacional