Arranca hoje às 10h00, um protesto dos trabalhadores do Serviço de Finanças de Beja, em frentes às instalações, prevendo-se que ocorram constrangimentos no serviço de atendimento ao público.

A concentração decorre da reivindicação nacional em curso promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), contra o colapso da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e que exige a dignificação profissional dos funcionários que se encontram com um regime de carreiras por regulamentar há mais de dois anos.

O problema impede, conforme referiu a informação enviada pelo Gabinete de Imprensa, a progressão na carreira, que “neste momento é a 90 anos”, pelo que a estrutura sindical avançou na sexta feira passada com novo pré-aviso de greve para Abril e dará continuidade às acções de protesto por todo o país.

Devido a esta situação, podem vir a ser sentidas restrições de serviços nas repartições de Finanças, nos serviços de atendimento, de inspecção ou de controlo da fronteira.
O STI visou que a convocatória da greve parcial, tem na sua génese a insatisfação dos trabalhadores que têm assistido, na última década, “a uma crescente degradação no seu funcionamento, com a saída de milhares de efectivos para a aposentação e com a execução de medidas que aparentam querer esvaziar as funções essenciais e de autoridade e que complicam procedimentos, prejudicando também os contribuintes”.

O balanço social de 2021, o último a ser produzido, dá conta dos dados: 10.782 é o número de trabalhadores na AT e destes, 3776 têm mais de 60 anos, ou seja, representam pelo menos, mais de 35% do seu efectivo.

Além da paralisação e protesto, estão a ser realizadas acções de sensibilização junto dos cidadãos e a realização de rastreios cardiovasculares aos trabalhadores, de alerta para os riscos a que estes estão sujeitos devido à sobrecarga de trabalho na AT.
Esta é “uma chamada de atenção para a necessidade de valorizar e dignificar as funções que os trabalhadores desempenham”, com uma concentração agendada para hoje, às 10h00, do Serviço de Finanças de Beja, na Praça da República.