30 Ago COMUNICADO | Nº 03/2024 | A TODOS OS SÓCIOS | 30/08/2024
Milhões e mais Milhões
Colegas,
Felizmente estamos num país rico. Os últimos meses mostram que Portugal tem muitos milhões disponíveis para distribuir pelas carreiras da administração pública e pelos aposentados, o que saudamos, visto que todos nós perdemos imenso poder de compra devido à inflação, congelamentos e a sistemas de avaliação que nada mais são do que sistemas de bloqueio de carreiras.
No caso dos professores o governo simplesmente apagou a passagem da troika da vida dos docentes, aboliu o sistema de quotas e recolocou a carreira num horizonte de 34 anos. Ou seja, alguém que entra na carreira docente ao fim de 34 anos estará no topo.
No nosso caso nada foi feito, recuperado ou resolvido. A carreira continua com um horizonte de 72 anos de trabalho. Começando aos 28, chegaríamos ao topo aos 100. A gestão da AT com a sua atuação criou e cimentou ainda mais injustiças e o governo pelos visto concorda, uma vez que inúmeros órgãos de gestão de topo na administração pública foram substituídos, mas na AT não. Se não muda é porque o Governo considera que está a trabalhar bem.
Sempre vos dissemos que não vamos escrever em catadupa comunicados políticos aos sócios, apenas para dar sinal de vida. Panfletos que nada acrescentam ao anterior e nada mudam na nossa vida laboral ou profissional. Tentamos privilegiar a comunicação para o exterior. Cá dentro, todos sabemos bem os roubos de que temos sido alvo.
Como já informado, reunimos duas vezes de forma oficial com a SEAP e a SEAF, sem nenhum resultado digno de registo. Dia 12 de julho esteve agendada uma terceira reunião que foi adiada em cima da hora e que passou para dia 9 de setembro.
A pergunta que se impõe é simples: os colegas estão fartos de ser tratados como função menor do estado ou estão prontos para mostrar o descontentamento?
Quando começarmos, será para durar o tempo que for preciso. Se forem anos, anos serão. Essa luta não está nas mãos de uma direção nacional, mas sim dos sócios. Como disse o primeiro-ministro, “a instabilidade nas escolas levou o governo a ter de resolver o problema dos professores”. E nós? Estamos prontos para mostrar que se há estabilidade na AT é com sacrifício da saúde pessoal e do ambiente familiar dos trabalhadores?
Dia 9, se a reunião for mais do mesmo, o STI pretende dar aos sócios condições totais para mostrarem descontentamento. A mobilização de todos é fundamental, mas, sobretudo aqueles que estão nos grandes centros e perto do poder político têm de estar disponíveis para ir para a rua. Para dizer presente. Para fechar os serviços se necessário for, para participarem nos plenários e na atividade sindical sem falhas e sem comodismos.
Estamos prontos?
Saudações Sindicais
A Direção Nacional do STI